quinta-feira, 4 de junho de 2015

" AI... SE ESSA RUA..."

Há ruas e ruelas Calçadas e vielas Pedras sem calçada (lembranças da calçada à portuguesa) Recordações... Corpos feitos ruas Ruas feitas corpos Caminhos percorridos Ousados e atrevidos Naqueles beijos roubados Às escondidas nos portais Ou mesmo nos beirais Nas ruas que o tempo não apaga Memórias talvez enfraquecidas Mas jamais esquecidas Vontades de um... Ser que se quis ou não Folhas que estalam debaixo dos meus sapatos Neste calcorrear do caminho E o apregoar das castanhas "Quentes e boas" Cujo cheiro Me inebria as entranhas Faz-me sentir no peito Na alma rasgada Que meu coração nunca foi roubado Nem nele depositado Pedrinhas de esmeraldas Nem pétalas de rosa Espinhos, sim...Muitos Que me enfraqueceram os anseios E nestes ventos já cansados Em esperançosos devaneios Num deslizar de pena Em Dó menor de uma Sonata Sinto o calor da... Lenha que crepita Em sonhos desgastados Alma que grita Ai se essa rua fôsse tua ...Mesmo minha... OU... Se eu fôsse essa rua Cairia uma furtiva lágrima... Numa saudade sem fim Hoje... Silenciosa Vazia de mim AUTORA: LOURDES S.

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